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"Corrupção não será solucionada com o moralismo seletivo da mídia"
Como eu disse anteriormente, se tinha algo que me preocupava era como a troca de políticos acusados por corrupção estavam sendo demitidos sem que se aproveitasse o momentum para implantar medidas duras, mas definitivas de combate a corrupção (e os corruptores, não se esqueçam deles, mas isso é tema pra outro post que está no rascunho). Perdíamos assim uma chance de ouro de catalisar toda essa energia gasta com o denuncismo da mídia.
Simultaneamente, fecundávamos o embrião do escândalo subsequente, criando um estimulo para se derrubar o próximo "político" - o que é bom - mas criando um moto-continuo, um circulo vicioso, que só resulta na perda de força política, que tem no seu grand finale, um sedutor golpe.
Essa história já vimos e revimos. Eu, particularmente, estou cansado. Vou desenhar pra alguns: corrupção não terá fim, é um problema sistêmico. Precisa de uma solução técnica. Todo mundo que leu sobre o tema, descobre bem no começo que é um problema que não resolveremos pela "moral", e sim tecnicamente. Reduzir a corrupção é factível. Extingui-la, ilusão. A corrupção não será resolvida com o moralismo seletivo da mídia. Muito pelo contrário.
Eu acredito que as formas corretas de se combatê-la seria um grupo de medidas amplas e mudanças profundas em toda administração pública. Resumidamente:
De qualquer forma, antes tarde do que nunca.
Dilma e Obama assinam documento com práticas anticorrupção - Radar político - Estadao.com.br
"Corrupção não será solucionada com o moralismo seletivo da mídia"
Simultaneamente, fecundávamos o embrião do escândalo subsequente, criando um estimulo para se derrubar o próximo "político" - o que é bom - mas criando um moto-continuo, um circulo vicioso, que só resulta na perda de força política, que tem no seu grand finale, um sedutor golpe.
Essa história já vimos e revimos. Eu, particularmente, estou cansado. Vou desenhar pra alguns: corrupção não terá fim, é um problema sistêmico. Precisa de uma solução técnica. Todo mundo que leu sobre o tema, descobre bem no começo que é um problema que não resolveremos pela "moral", e sim tecnicamente. Reduzir a corrupção é factível. Extingui-la, ilusão. A corrupção não será resolvida com o moralismo seletivo da mídia. Muito pelo contrário.
Eu acredito que as formas corretas de se combatê-la seria um grupo de medidas amplas e mudanças profundas em toda administração pública. Resumidamente:
- Uma grande reforma administrativa, que reduza a burocracia e a possibilidade de "humanos" decidirem, deixando os processos mais enxutos, focando na responsabilização de (poucos) gestores.
- Fortalecer e despolitizar os órgãos de controle externo (CGU, TCU, e seus pares estaduais e municipais).
- Um choque de transparência (pois isso não se faz gradualmente) em todos os níveis federativos e em todos os poderes.
- Estimular o controle social - reduzindo o poder de seletivo da velha mídia - usando a redução de custos que a informatização permite.
De qualquer forma, antes tarde do que nunca.
Dilma e Obama assinam documento com práticas anticorrupção - Radar político - Estadao.com.br
Lisandra Paraguassu, enviada especial a Nova York
O governo brasileiro se compromete em aumentar as informações disponíveis sobre as atividades de governo ter políticas, mecanismos e práticas robustas anticorrupção e assegurar transparência no gerenciamento das finanças públicas. O documento do programa Open Government Partnership será assinado daqui a pouco pela presidente Dilma Rousseff, o presidente Barack Obama e outros seis chefes de Estado que apresentam, nesse momento, a iniciativa.
O encontro, que está acontecendo no hotel Waldorf Astoria, em Nova York, é a ação final de um ano de negociações, comandadas por Estados Unidos e Brasil depois de um convite do presidente Barack Obama ao governo brasileiro, durante a Assembleia Geral da ONU do ano passado.
O documento, que é de adesão voluntária, tem quatro pontos principais:
Aumentar a informação disponível sobre as atividades do governo em todos os níveis; apoiar a participação da sociedade civil nas decisões; ter os padrões mais elevados de integridade profissional nas administrações públicos – e nesse ponto entram as “robustas políticas anticorrupção” – e aumentar o uso de tecnologias para melhorar o acesso público à informação.
Obama convidou o governo brasileiro a participar da iniciativa no ano passado. Apesar de ter aceito e ter aderido voluntariamente, o Brasil ainda peca no acesso à informação. Entre outros problemas, o Congresso Nacional ainda não conseguiu aprovar a lei de acesso à informação, que pretende justamente ampliar o acesso público a números do governo, hoje praticamente restrito a parlamentares.